O professor ligou-me ... E agora?

"Quem nunca" sentiu aquela vergonha de ser chamada a atenção pelo professor?
"Quem nunca" se questionou sobre a sua capacidade de educar e compreender as atitudes do filho/a?

A indisciplina, a provocação, o desafio e a desobediência constante do seu filho chamaram a atenção do professor? Calma! Há uma explicação. E não, não quer dizer que não está a ser um bom ou mau pai/mãe.

Este tipo de comportamento é frequente em crianças que estejam a atravessar um determinado tipo de situação como:


  • Falta de auto-confinça;
  • Necessidade de chamar a atenção;
  • Desmotivação escolar;
  • Instabilidade emocional;
  • Depressão infantil;
  • Reação a uma determinada mudança na vida;
  • Dificuldade em gerir sentimentos. 

Quando o professor sente a necessidade e procura comunicar com os pais, soa-se o alarme de inquietação e as interrogações surgem "o que estará a acontecer?" , "onde é que errei?" (...)

Por norma e, em maioria dos casos, nestas situações de indisciplina, os pais acabam por ficar envergonhados com as atitudes dos filhos, o que, em "cabeça quente" nos conduz a 3 tipos de reações primárias:
  • Castigos severos e violentos: uso da força e da violência de modo a amedrontar a criança na tentativa de reprimir os seus atos;
  • Castigos brandos: repreensão de praticar alguma atividade ou hobbie predileto, impedimento de estar com os amigos ou anulação de atividades já marcadas;
  • Comunicação: numa tentativa de compreender o que se está a passar com o filho, os pais tentam construir uma conversa, no entanto, nem sempre conseguem retirar a informação pretendida acabando por elevar o nível e o tom da conversa acabando por prejudicar a situação.

Ora, há conselhos cruciais e primários que devem ser tomados. Antes de mais, é fundamental escutar com atenção todos os pormenores do discurso do professor. As atitudes dos nossos filhos são, muitas vezes, chamadas de atenção.

  1. Converse com o seu filho com muita calma, tome o tempo que for necessário e pense nas palavras a usar. Lembre-se que o seu filho está com alguma problema e é natural que qualquer palavra mal dita ou mal interpretada pode deitar tudo a perder. Mantenha a serenidade porque uma conversa com este grau de complexidade pode não ficar totalmente terminada na primeira tentativa, podem até ser várias as investidas da sua parte para conseguir perceber o que se passa;
  2. Seja um bom ouvinte, tente assimilar todas as frases do seu filho de modo a compreender qual o ponto principal do problema (na visão dele). É importante o seu filho perceber que os seus sentimentos estão a ser acolhidos e que está a ser compreendido.  Isso vai permitir-lhe estabelecer algum tipo de acordo de mudança;
  3. Quando o seu filho começa a mudar os seus comportamentos, ainda que, numa fase inicial, seja pequenos pormenores, elogie-os. Diga-lhe o que está a gostar no seu "novo" comportamento e como isso o favorece como pessoa.
Este é um trabalho familiar que pode levar dias ou semanas, depende da capacidade de reação de cada criança e da maneira como cada pai contorna a situação. Mas com paciência e compreensão é possível mudar, moldar e melhorar.
Em casos mais extremos, por motivos de incompreensão, má comunicação ou se notar que todos os seus esforços estão a ser em vão, não hesite em procurar aconselhamento profissional.





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