Escolher o nome? Isso devia ficar para eles.

Quem tem, vai ter ou está a pensar, muito em breve, mandar um bebé ao mundo sabe o flagelo que é escolher o nome para a a criança.

Ah e tal até gostamos deste ou daquele nome mas a criança tem um pai e uma mãe e nem sempre os gostos coincidem:

〰 A gente deixa andar. O encanto da boa nova ainda paira no ar. Há tantas coisas a pensar e a escolha do nome ainda não entra na lista de a fazeres. Afinal de contas ainda temos 9 meses pela frente (para quem os tem).
 
〰 O tempo lá vai passando e há uma das partes que até toca no assunto. Normalidade toca à mulher, somos mais ansiosas e apressadas. E mesmo sem sabermos o que temos à nossa espera queremos é debater o assunto. Se bem que acaba tudo por ficar em águas de bacalhau e lá se passa mais umas semanas.

〰 A gente insiste e lá começam a aparecer as primeiras ideias em conjunto. Mas bem, metam as mãos à cabeça. Isto é do socorro. E não venham com coisas, mas é uma sorte quando chegam logo a um consenso. Como não se chega a acordo deixa-se parabéns mais tarde, afinal ainda nem se sabe o que ai vem. 

〰 O caso lá vai começando a ficar sério. Não vamos deixar a criança sem nome até nascer. Breve a ecografia já nos diz o que aí vem. Vamos lá levar isto a sério. Discutimos nomes, apontamos em papéis, fazemos sorteios, metemos a família ao barulho e onde todos falam nada se entende.

〰 Vamos lá então por esclusoes de parte, a ver se a gente se entende:
Há os nomes da pinta, aqueles que até gostamos de ouvir mas não é para qualquer pronúncia. Têm um certo charme mas que na boca errada soa mais a barranqueiro. Temos o Afonso e a Constança. Que, na nossa pronúncia do Norte, soaria mais ou menos assim Afônsu e Constánça. Ok! Fora de questão. 

Há os nomes da moda, aqueles que a probabilidade de encontrar 10 colegas na turma com o mesmo nome é elevada. E vá, convenhamos, nenhuma mãe quer que o seu filho/a seja confundido/a. Se bem que na hora de os repreender até lhes dará jeito. 
Professora:” João estás de castigo. Hoje não vais ao recreio.” E na hora em que a campainha toca meia sala fica sentada, afinal de contas há 7 Joões numa turma com 10 meninos. 

Há os nomes em homenagem a alguém. O trisavô, a madrinha, aquele nome de família que todos têm e passa de geração em geração ou a adaptação do nome do pai ou da mãe. Mas alguns valha-me Deus, já  são do arco da velha, já nem lembram a ninguém. E a gente até nem quer mas lá tem de ser. Estão a imaginar a Maria Lodovina ou o José Alexandrino? Ah, e o Santiago Joaquim e a Inês Florinda? Nããão.

Há os nomes das personagens das novelas, dos jogadores de futebol do nosso club, ou até daquele filme da Disney. Ah e tal nem são comuns, não são lá muito bonitos mas eu até gosto daquela personagem. Então primeiro estranha-se e depois entranha-se. Vá, esqueçam lá isso!

Há os nomes comuns, que apesar da sua vulgaridade soam sempre bem. Mas ora eu gosto de uns e ele até gosta de outros e aí o consenso volta a chocar.

E, acreditem, que é com toda a sorte do mundo que o nome fica escolhido antes de se saber o sexo do bebé. Até que o mais provável é a decisão final aparecer na noite anterior à ecografia. “Ah e tal! Achas que é menino ou menina? Se for menina escolho eu e se for menino escolhes tu?” Ainda que cheire a batota cola sempre. Convenhamos que nós mães temos sempre um pequeno pressentimento do que nos espera. 

Daí, para o nosso menino saiu o nome Mateus. ♥️

Ora mas se pensarmos bem a escolha do nome é, talvez, a decisão mais difícil que os recém papás têm em mãos. Para além de toda a inexperiência, principalmente para os pais de primeira viagem, a escolha daquela que será a identidade de um filho é, de toda, uma grande responsabilidade. E mesmo que a gente pense que “essa” seja a melhor escolha um dia eles poderão não achar a mesma coisa. E, ainda que para nós pais, “este” seja o melhor e o mais bonito nome ainda haverá quem não o veja com os mesmos olhos. Uma coisa é certa, em todas as decisões deverá estar presente Amor. 


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