Eu só quero ser mãe.
Chegou a hora! É agora, e não há espaço para mais nada.
Sempre quis ser Mãe. Mesmo quando ainda nem sabia o que queria fazer da vida eu soube sempre que queria ser Mãe.
Não dei asas à minha carreira profissional, não corri atrás do cargo de diretora, nem usufrui da minha formação. Não esperei por subir de cargo, nem saquei o ordenado chorudo. Deixei para trás tudo o que não me estava a completar, porque o que eu quero é ser Mãe.
Deixei-me, sempre, levar pela vida. Sabia que algo de bom havia reservado para mim e por isso nunca me preocupei muito com planos e objetivos traçados. Sabia que por onde passasse a minha marca seria deixada e, assim foi.
Vivi tudo e de tudo. Sonhei, brinquei, chorei, subi e desci. Entrei na universidade, formei-me e comigo trouxe amigos para a vida. Ganhei experiência e até desejei uma carreira profissional.
Mas o que eu queria era ser Mãe. Poder brincar sem horários, acordar sem pressas, e ler histórias sem adormecer. Chegar a casa apenas com os meus problemas e sentir que nada se interfere com aqueles que são meus. Ser Mãe a toda a hora sem que alguém o faça por mim. E mesmo que um dia eu venha a desejar, tardiamente, uma carreira, o que eu quero mesmo é ser Mãe.
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