Ouvi o coração a bater.

Hoje foi a primeira ecografia.
Não sabia o que me esperava, principalmente no que toca a emoções. Eu sou emotiva por natureza, os meu sentimento exprimem-se com a maior das facilidades, mas hoje só conseguia imaginar. Imaginar o que iria sentir, quais seriam as minhas reações e quais as minhas espctativas. Mas no fundo eu sabia que por muito que eu me organizasse ou até que me mentalizasse, na hora da verdade eu não saberia compor-me.

Eu estava ansiosa. Bolas, é o primeiro! Mesmo que eu me farte de pesquisar, perguntar ou informar, eu estou inquieta. Tirou-me o sono e deixou-me com os olhos colados no teto e o sorriso rasgado a noite inteira. Só de imaginar o que me estava a esperar. A ansiedade de saber como evoluía e se o coração batia, como o amor que eu tenho por ele, não me deixou pregar olho. 

Eu esperava uma lágrima no canto do olho logo no primeiro batimento, esperava saber o seu tamanho e até quem ele é, se menina ou menino. O que eu não esperava era levar com semelhante levada de amor no peito. Quando ouvi o coração do meu bebé nada mais me entrou na cabeça. Foi a melodia mais bonita que a vida me deu. E, já horas passadas, não me sai da pele o arrepio que senti assim que o ouvi.

E eu sei, eu sei que ele sabe que é amor.

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